terça-feira, outubro 17, 2006

Sítio a divulgar: www.dominiopublico.gov.br

Caros amigos:
Convoco todos a lutarem para impedirmos um desastre!...
Imaginem um lugar onde se pode ler, gratuitamente, as obras de Machado de Assis, ou A Divina Comédia, ou ter acesso às histórias infantis de todos os tempos. Um lugar onde lhe mostrassem as grandes pinturas de Leonardo DaVinci, entre outros grandes Mestres. Em suma tudo relacionado com as Artes e Ciências da Educação. Onde vocês pudessem escutar músicas em MP3 de alta qualidade. Pois esse lugar existe!!!! O Ministério da Educação Brasileiro disponibiliza tudo isso, basta aceder ao site: www.dominiopublico.gov.br Só de literatura portuguesa há 732 obras! Estamos em vias de perder tudo, pois vão desactivar o projecto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta desgraça, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de propagar a cultura e do gosto pela leitura/conhecimento.

António Alfredo Monteiro

quarta-feira, outubro 04, 2006

Devaneio

A imagem de sempre: o mundo devastado pela guerra.

Da miséria surge um rosto taciturno... olha-me, estende-me a mão como se fosse a única salvação.

Regressou para me levar. Liberta-me. Deixar a calamidade rumo a um lugar seguro.

Caminhamos juntos, sem largar a mão... não sei nada, apenas o amor.

terça-feira, outubro 03, 2006

Alguém que nos compreende

Nada nesta vida acontece por acaso... mas foi o acaso que traçou o retrato do meu presente ... anos antes de eu ter nascido.
Encontrei-me numa leitura, sem imaginar que me procurava.
Felizmente, nesta vida nunca perdemos a esperança de nos surpreendermos!
Partilho convosco parte do meu achado, a outra parte espera-vos durante a leitura e aí eu já não serei nada... entramos no mundo da poesia e de nós próprios.

"Aqui, diante de mim,
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.

Me confesso
Possesso
Das virtudes teologais,
Que são três,
E dos pecados mortais
Que são sete,
Quando a terra não repete
Que são mais.

Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.

Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo
Que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
Desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!"

Miguel Torga
Livro de Horas

segunda-feira, outubro 02, 2006

Workshop de Gestão

A semana passada fui obrigada a estar presente num workshop, na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, intitulado “O Choque Tecnológico na Perspectiva da Gestão de Recursos Humanos”. Apesar de só ter estado lá algumas horas, aprendi algumas coisas. Pegando nas minhas notas…

A directora de Recursos Humanos da Microsoft Portugal, Paula Carneiro, falou no desafio da inclusão digital e na qualificação dos recursos humanos. “Quem não acede às tecnologias de informação fica excluído da sociedade”. Enquanto que nos séculos XIX e XX a alfabetização era fundamental, neste século passam a ser indispensáveis as competências em tecnologias da informação.

Augusto Lima apresentou o programa TII – Tecnologia, Inovação e Iniciativa que tem como objectivos reintegrar os desempregados do sector têxtil e evitar situações de exclusão (hoje as pessoas iletradas são aquelas que não dominam a tecnologia) através de acções de formação.

Para quem ainda não sabe o sector têxtil está numa situação muito complicada, nomeadamente na região do Vale do Ave, no norte do país, onde residem 50% dos desempregados deste sector. A maioria são mulheres e pessoas com mais de 45 anos com habilitações equivalentes ao primeiro ciclo. A solução passaria pela adaptação das empresas à evolução do consumidor, ou seja, um novo desafio para a indústria.

“Para a mudança tem de haver confiança na gestão para que os objectivos sejam atingidos”.


Nota: não desvalorizando as questões importantes que se debatem neste tipo de eventos e a quantidade de novos conhecimentos que adquirimos, o que eu mais gosto nestas experiências são aquelas pastinhas muito bonitas (normalmente oferecidas pelos bancos patrocinadores) que trazem um caneta, umas folhinhas em branco e claro, o diploma que, se me lembrar, devo levantar um dia…